quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Revólver

A mão que segura o revolver me ameaça
Quer o dinheiro e  minha paz de espírito

A mão que segura o revolver é de um menino
Eu sinto

Cidade Grande

A cidade grande fascina
Assusta
Choca
Mas acima de tudo
Contamina

São várias facetas
A cidade cosmopolita
Com suas diversas culturas
A cidade pobre
Dos milhares dormindo pelas ruas
Do perigo nas esquinas escuras

A fumaça dos automóveis
Parados nso sinais
Os doentes nas filas dos hospitais
A pancadaria nos clássicos grenais

Os filmes cults nos Centros culturais
Os grandes espetáculos musicais
Em ginásios ou casas noturnas

 De domingo a domingo
Nas 24 horas
Agridoce Selva de Pedra

Fevereiro

Não gosto de Fevereiro
Em Fevereiro estou sempre Entediado
Preocupado com o futuro
Angustiado
O Sol me maltrata
Não gosto de calor
Estou sempre cansado
Não consigo dormir em paz
Em Fevereiro
Não gosto dos tamborins
Não gosto do carnaval
Irrita-me
Esperar Março
Pro ano começar
Pra vida recomeçar

Deus

Deus está morto
Cansou do homem
Viu que errou
Morreu de desgosto
Deus está morto

Confiança

Em quem confiar?
No que confiar?

Aquele cara fingiu ser meu amigo
Aquele político fingiu se preocupar comigo
Aquela mulher só queria saber do carro que eu dirijo

Olho para os lados e só vejo espertos
Todos querem passar a perna em todos
Tirar vantagem de tudo
Das coisas insignificantes
Reina a lei de Gerson

Cansei
Agora só confio nos cães

Pertencimento

Eu não pertenço a este lugar
Não reconheço as pessoas
Os lugares
Noites escuras
Dias repetidos
Sinto raiva
Dos sorrisos mecânicos
As ruas sujas e imundas
Eu não me reconheço neste lugar
Eu não existo neste lugar
Estranhamento
Aqui sou estrangeiro
Sombra pálida
Fantasma de mim mesmo
Não sou daqui
Não gosto daqui
Sinto raiva
Cegueira
Este lugar é vazio
Aqui sou vazio

O Mentiroso

O Mentiroso é dissimulado
Perturbado
É competente
No oficio da mentira
É covarde


A única verdade do mentiroso é a mentira

O mentiroso pensa rápido
É um bom orador
 Bom inventor
O próximo golpe
Ao alcance do novo otário

A única verdade do mentiroso é a mentira

O mentiroso pensa que é esperto
Mas na verdade é um pobre coitado
Não têm amigos
Só patos
O mentiroso só tem a mentira
E ela é fria

O Ditador

O Ditador
Não se importa com a dor
A miséria
A Fome do seu povo
Não ouve o clamor
Não se importa com o horror

O Ditador
Só não quer perder o poder
Só quer ver o seu exercito crescer
Não quer ver a criança de pés descalços crescer
O Ditador
Não quer nem saber

Roubo

Você roubou meu tempo
Minha força
Minha confiança

Com a tua cara de pau
Me fez de palhaço

E fugiu

Como um personagem
Caricato de novela