terça-feira, 10 de março de 2009

O anjo da bicicleta

Em Cariava, Cláudio trabalhava com crianças.
O país passava por um momento turbulento, muito desespero e truculência.
O governo, através da polícia, recebeu uma denúncia.
No prédio do trabalho do Cláudio haviam baderneiros.
Tumulto, gritaria e armas apontadas.
Era hora do almoço.
Cláudio sobe ao telhado e grita:
"Abaixem as armas, aqui só há crianças comendo".
O grupo de policiais despreparados atira em Cláudio.
Junto com Cláudio morrem o bom senso e a esperança no futuro.
Hoje um velho cantor errante conta a sua história continente afora.
O país não o esquece.
Cláudio virou o anjo da bicicleta.
Cariava era Rosário.

Dedicado a Cláudio "Pocho" Lepratti

Um comentário:

  1. Nossa!!! Como você consegue escrever uma coisa tão horrível. Você é um péssimo qualquer coisa. "Ah! O que seria de mim se não fosse minha bondosa e cega mamãe??"

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